Mudanças climáticas: Eventos extremos

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Os eventos climáticos extremos são a resposta do Planeta Terra às ações dos seres humanos. A boa notícia é que ele está nos dando uma chance – mas precisamos ser mais rápidos

Na Amazônia, uma seca histórica fez grandes rios como o Amazonas, o Solimões, o Negro e o Madeira atingirem o mais baixo nível de volume de água já registrado no histórico de medições. A estiagem vem prejudicando mais de 600 mil pessoas, que a cada dia têm mais dificuldade de obter alimentos e água potável. Já no Sul do país, uma quantidade incomum de ciclones extratropicais vem provocando muitas chuvas. Os efeitos observados são inúmeras inundações e deslizamentos, com uma série de pessoas mortas, feridas e desalojadas. 

A percepção de que o clima ‘enlouqueceu’ não é apenas no Brasil. Há poucos meses, Europa, Estados Unidos, China, Índia e outros países do Hemisfério Norte viveram uma onda de calor sem precedentes durante o verão, provocando uma série de incêndios no Canadá, na Grécia e em outros países. Essas altas temperaturas também tomaram conta do Hemisfério Sul, em pleno inverno. Como resultado, todos os institutos de meteorologia e especialistas em clima confirmaram que a Terra registrou, por três meses seguidos, as maiores temperaturas médias até aqui. E pelo que tudo indica, é quase certo que 2023 será o ano mais quente registrado até hoje.

É verdade que o clima do planeta está sendo influenciado por um forte El Niño (fenômeno do clima que se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico na altura da linha do Equador e intensifica alguns eventos climáticos), mas o mundo também está vivendo um aquecimento incomum das águas do Oceano Atlântico. Tudo isso, combinado, mexe com o clima em todo o mundo.

Mas, afinal, o que fizemos com o planeta? E o que devemos fazer para evitarmos eventos ainda mais extremos? Essas perguntas fazem parte de uma reflexão fundamental a ser feita às vésperas da 28ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – a COP28.

As causas das mudanças climáticas

Quando falamos em ‘mudanças climáticas’, estamos falando de alterações significativas e de longo prazo nos padrões do clima da Terra, que têm efeitos importantes no nosso modo de vida.

Ao longo de seus 4 bilhões de anos, a Terra passou por várias alterações climáticas, quase sempre associadas com eventos de extinção em massa, mas foi somente a partir da Revolução Industrial, há pouco mais de 200 anos, que essas mudanças passaram a ser fortemente influenciadas pelas ações humanas. Foi a partir da Revolução Industrial, inclusive, que as alterações do clima ganharam uma velocidade sem precedentes na História do planeta.

Algumas das causas das mudanças climáticas a partir das ações humanas são:

Emissões de gases de efeito estufa: A queima de combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás natural –, usados para produzir eletricidade e para o transporte em carros, caminhões e ônibus, entre outros usos, libera dióxido de carbono (CO2) e outros gases que retêm o calor na atmosfera, aumentando o efeito estufa.

Desmatamento: A derrubada de florestas reduz a capacidade da Terra de absorver CO2, contribuindo para o aumento das concentrações desse gás na atmosfera.

Agricultura intensiva: A agricultura em larga escala gera emissões de metano e óxido nitroso, dois gases de efeito estufa. 

Consequências das mudanças climáticas

Listamos alguns episódios de eventos climáticos extremos que são consequência das mudanças climáticas. Mas, de modo geral, os efeitos da crise climática provocada pelas ações humanas são:

Aumento das temperaturas globais: Os gases de efeito estufa – GEE – não têm esse nome à toa: são causadores de aquecimento. Parte deles é fundamental para a vida na Terra (sem eles a temperatura média do Planeta será de -18°C segundo alguns estudos). No entanto, nossas ações estão lançando mais GEE na atmosfera, aumentando a temperatura média do Planeta.

Elevação do nível do mar: Com temperaturas mais altas, há maior derretimento do gelo nas regiões polares. Com o ciclo da água interrompido pela mudança nas temperaturas, esse líquido a mais que não volta se tornar gelo e aumenta o nível dos oceanos.

Eventos climáticos extremos: Registros históricos mostram mais episódios de chuva forte, mais furacões, mais ciclones, maiores períodos de calor extremo, secas mais prolongadas, entre outros eventos extremos com maior intensidade, e acontecendo com muito mais frequência.

Perturbações nos ecossistemas e perda da biodiversidade: Não somos só nós, humanos, que sofremos com as mudanças climáticas. A fauna e a flora do planeta também. Um exemplo recente disso é a morte de mais de 170 botos na Amazônia até o final de outubro por causa do baixo nível da água dos rios e da temperatura da água. 

Revertendo – ou pelos menos freando – as mudanças climáticas

Diante disso, parece mesmo que estamos diante do ‘fim do mundo’. A situação, de fato, é grave. Portanto, podemos agir. Ainda há tempo para recuperar a ‘saúde’ do Planeta, desde que nossas ações sejam imediatas.

Como pessoas ou indivíduos, nossa principal tarefa é repensar nosso modo de consumir e viver. Lembrar que não apenas nosso planeta não dá conta de garantir tudo o que consumimos – na maior parte das vezes sem necessidade –, mas que também há muita gente que sequer tem o mínimo para garantir sua sobrevivência. Equilíbrio é a palavra. Boa vontade também ajuda.

Empresa e governos também tem uma lista de tarefas, necessárias e urgentes. Com sua expertise em estratégias inovadoras em soluções ambientais, a I Care Brasil oferece vários serviços para auxiliar empresários e gestores públicos. São diagnósticos, capacitações e planos de ação, não apenas para reverter e minimizar impactos socioambientais das atividades, mas também para preparar líderanças em ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

A sorte está lançada. Ou a aproveitamos enquanto é tempo ou sofreremos ainda mais. Vale lembrar que o Planeta Terra vai continuar sua rota – ou seja, não haverá o ‘fim do mundo’. Mas nós, humanos, corremos sério risco de extinção. A escolha é nossa.

Data: 07/11/2024

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