Mais de cinco anos após a adoção dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), estipulados pela ONU, permanecem lacunas consideráveis nas estatísticas oficiais em termos de cobertura e progresso de muitos desses objetivos. É o que revelou o último relatório do The Sustainable Development Report 2021, da UN Sustainable Development Solutions Network (SDSN). Em particular, esses hiatos ocorrem no ODS 4, que trata sobre Educação de Qualidade; no ODS 5, que trata sobre Igualdade de Gênero; no ODS 12, que trata sobre Consumo e Produção Responsável; no ODS 13, que trata a Ação Climática e no ODS 14, que trata sobre a Vida Abaixo da Água.
Precisamos de mais investimentos em áreas-chave, tais como infra-estrutura resistente ao clima e redirecionar o financiamento para atividades que contribuam positivamente para os ODS. Em 2020, a crise da Covid-19 teve um efeito devastador em vários dos ODS.
“O acesso a serviços básicos, como eletricidade, água tratada, saneamento e até mesmo a Internet, se tornou ainda mais essencial em situações de lockdown”. Crise decorrente da pandemia acelera o declínio da classe média na América Latina e no Caribe, Banco Mundial.
Os ODS são indivisíveis e transversais. Eles estão inter-relacionados, de forma positiva ou negativa. Identificar os vínculos entre os objetivos é um desafio.
Empresas e investidores precisam traduzi-los para uma linguagem mais operacional em termos econômicos e financeiros e definir uma abordagem estratégica. Instituições financeiras podem contribuir para os ODS direcionando seus investimentos e financiamentos para empresas que oferecem produtos ou serviços que contribuam para uma economia sustentável e que gerem impactos positivos no meio ambiente.
Autora: Mariana Pombo, gerente de Finanças Sustentáveis.
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