Neutralidade de carbono e a transição ambiental

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As empresas precisam acelerar o passo e implementar um plano de transição para atingimento da neutralidade de carbono

As empresas estão sob intensa pressão para demonstrar suas estratégias climáticas; em 2021 observamos uma taxa de estabelecimento de metas e compromissos sem precedentes. Por isso, empresas estão lutando para identificar novas e diversas abordagens para demonstrar essa ambição, e tornou-se incrivelmente difícil distinguir a liderança climática real de uma prática de greenwashing.

O NewClimate Institute, em colaboração com a Carbon Market Watch, analisou a consistência, transparência e confiabilidade dos compromissos climáticos de 25 das maiores empresas do mundo. Publicado no Monitor de Responsabilidade Climática Corporativa, o relatório aponta que as promessas net-zero dessas empresas não são o que parecem.

De acordo com a publicação, as principais promessas, na realidade, apenas se comprometem a reduzir as emissões em 40% em média, e não 100%, como sugerido pelos termos “net-zero” e “carbono neutro”.

As evidências científicas são cada vez mais claras e sustentam a urgência de impulsionar a transição ambiental o quanto antes. A ação climática corporativa é a chave para manter a elevação da temperatura global em 1,5°C.

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Novo padrão de avaliação de emissões para as empresas

Uma nova mentalidade é necessária, assim como um novo padrão de avaliação para as empresas. Enquanto na era do protocolo de Kyoto, apenas alguns países tinham a responsabilidade de agir, as empresas agora precisam se perguntar: “atingiríamos o net zero ao nível global se todos fizessem o que nós estamos fazendo?”

O estudou estabeleceu quatro áreas principais de ação climática corporativa, como um guia das boas práticas para que as empresas possam construir uma estratégia de alinhamento aos Objetivos do Acordo de Paris, de uma maneira robusta para se mostrar numa posição de liderança climática. São eles:

  1. Rastreamento e divulgação das emissões;
  2. Estabelecimento de metas de redução de emissões;
  3. Redução das próprias emissões;
  4. Assunção de responsabilidade por emissões não mitigadas através de contribuições climáticas ou de compensações (off-set).

Apesar da facilidade de encontrarmos muitos anúncios ambiciosos, os esforços reais parecem desagregados. Um grande problema é quando as empresas utilizam as compensações de carbono como um substituto para tomar medidas de redução. Manter os negócios como de costume e financiar projetos de carbono não será suficiente para chegar manter a temperatura em 1,5°C.

É necessário concatenar todos os planos e estratégias como modelo de negócios da empresa e divulgar, de forma transparente, o plano de transição da empresa que, efetivamente, leve ao Net zero até 2050.

Um bom plano de transição necessita da elaboração de diretrizes, ações e etapas previstas para o curto-médio-longo prazo, levando em conta os planos de ação climática e a integração com o plano de negócios.

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Leia mais o artigo: https://newclimate.org/wp-content/uploads/2022/02/CorporateClimateResponsibilityMonitor2022.pdf

Autor: Lucas Romao, consultor do Polo Clima.

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