Nesta semana, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) liberou a segunda parte do 6° Relatório de Avaliação (AR6). O documento, voltado para a adaptação, apresenta um panorama importante sobre os impactos e riscos observados no mundo, bem como a necessidade de medidas de aumento de resiliência. O relatório é considerado como um dos mais importantes e completos sobre a situação climática global.
A I Care Brasil selecionou alguns pontos importantes:
1) O objetivo global é limitar o aumento da temperatura em 1,5°C até 2050, no entanto poderemos ultrapassar esse valor já partir de 2025. Os países devem agir rapidamente com ações de mitigação e adaptação à crise climática.
2) Os impactos da mudança climática são generalizados e, alguns, irreversíveis. Além disso, o impacto da crise climática está diretamente ligado à camada social e econômica das sociedades, ao grau de desenvolvimento, às desigualdades, e à inclusão/marginalização de grupos sociais.
3) Para favorecer a conservação do meio ambiente e biodiversidade, é necessário proteger, de forma eficaz e equitativa, de 30% a 50% das áreas terrestres e aquáticas globais. Atualmente, os valores são menores que 15% para ambientes terrestres preservados, 21% para ecossistemas de água doce e apenas 8% para oceanos.
4) As cidades e governos locais têm um papel fundamental na adaptação de seus territórios. Essas instituições podem realizar ações de curto prazo para combater a mudança climática.
5) O atual modelo econômico global não possui as respostas necessárias para um desenvolvimento sustentável. Se as temperaturas subirem entre 1,7 e 1,8° C, em comparação aos níveis pré-industriais, o relatório afirma que metade da população humana poderá ficar exposta a períodos de condições climáticas que oferecem risco à vida, a partir do aumento do calor e da umidade.
O IPCC é o braço da ONU (Organizações das Nações Unidas) responsável pela produção científica sobre mudança climática. Seus relatórios servem de apoio à elaboração de estratégias globais para enfrentamento da crise climática. A terceira parte do relatório, que trará informações sobre as dimensões econômica e social, deve ser divulgado em outubro de 2022.
Mais informações podem ser acessadas em: https://lnkd.in/dpv5wGe
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